ATENÇÃO, ESSE TEXTO CONTÉM SPOILERS!
The OA é uma série bem misteriosa, com crimes e experiências de quase morte, dimensões paralelas e simbologias, lançada pela Netflix em 2016.
Quando começamos a acompanhar a história de The OA, fomos conduzidos por uma narrativa que parecia ser essencialmente mística. A personagem principal, Prairie, conduz um grupo de desconhecidos até uma espécie de clímax sensorial ao compartilhar sua história e suas experiências de quase morte.
Quando a série estabeleceu que às vezes a noção de morte é apenas uma passagem para outra realidade, estava, na verdade, tomando um caminho muito interessante. Não estávamos diante apenas de planos místicos e sim de realidades múltiplas e dimensões paralelas.
Na primeira temporada, Prairie apresenta teorias sobre a vida e insinuava que com as experiências de quase morte, ela tinha acesso a movimentos que tinham poderes. Só com isso dá para sabermos que tem muita coisa para analisarmos nessa série, certo?
Uma das teorias trabalhada é a ideia de que tudo o que precisamos saber já está dentro de nós. As experiências de quase morte mostram caminhos para que ela possa escapar da sua realidade e ser “livre”.
Com isso é inserido um conceito de “anjos originais”, em inglês “originals angels”, que é na verdade o nome da série. Como Anjos Originais, eles possuem um conhecimento avançado sobre a realidade e podem assim abrir portais para outras dimensões com movimentos numa espécie de coreografia.
Esses Anjos Originais possuem guardiões, no caso de Prairie trata-se da deusa Khatun da mitologia eslava. Nas viagens interdimensionais, são passados aos grupos esses tais movimentos. O grupo passa boa parte do tempo decorando a coreografia e tentando descobrir para que servem e o que significa.
Um exemplo muito claro disso é no quinto episódio quando estão ensaiando um dos movimentos e “magicamente” um dos personagens que estava morto com lacerações extremas, se cura e volta a vida. Ou seja, as informações que ela recebe como Anjo Original dá a ela (e a quem tiver esses conhecimentos) o poder de fazer coisas inexplicáveis como a cura plena.
A segunda temporada estabelece de modo claro a sua mitologia: as pessoas que quase morreram têm acesso a um campo de visão diferente e os movimentos feitos por elas que abrem uma espécie de portal desse multiverso possibilita que façam muitas viagens entre realidades.
A série foi cancelada e deixou muitas perguntas sem respostas para os telespectadores. E por isso queríamos te convidar a refletir sobre a capacidade do ser humano da autogestão energética, viagem entre dimensões e principalmente sobre esse despertar.
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“Talvez o futuro seja só a escuridão mas não uma escuridão ruim… E viver é trazer luz a cada dia, a cada momento que vivemos.”